domingo, 7 de outubro de 2012

PROFETAS MENORES - PARTE II



PLANO DE AULA PARA O LIVRO DE JONAS

*Alguns acreditam que este livro não passa de uma alegoria, escrita por do ano 430 a.C. Sob esta ótica, Jonas representa a nação israelita desobediente; o mar representa os gentios; o grande peixe, a Babilônia; e os três dias no ventre do peixe, o cativeiro dos judeus na Babilônia.
*No entanto, de acordo com 2 Reis 14.25, além de ser uma pessoa real, Jonas era filho de profeta e um profeta oficialmente reconhecido, da cidade de Gate-Hefer.
*Jonas, cujo nome significa “pomba”, viveu durante o reinado de Jeroboão II (783 – 753 a.C.), foi contemporâneo de Oséias e Amós, e ambos profetizaram no reino do norte. O livro de Jonas tem apenas quatro declarações proféticas, que equivalem a apenas 5 dos 48 versículos do livro, cerca de 10%.

1. Comissão dada e rejeitada Jn 1
a) Sua chamada não poderia ter sido mais clara. Jonas, porém, resolveu não obedecer (1.2,3). Foi para Tarsis, em direção totalmente oposta. Quanto mais Jonas se aproximava de Tarsis, mais longe ficava do local da sua missão.
b) A tempestade. Deus manda uma tempestade como desaprovação da atitude do profeta (1.4).
c) Condição do profeta. “Dormindo um profundo sono” (1.5).
*Um pagão teve que pedir ao profeta de Deus que orasse! (1.6). A Septuaginta diz “estava dormindo e roncando”.
d) Laçaram sorte, e o indiciado foi Jonas (1.7). Jonas confessou seu pecado, e só aumentou a angústia dos marinheiros.
*Jonas fez sua própria escolha: “Lançai-me ao mar” (1.12).
*Estes marinheiros se converteram ao Senhor (1.5, 16).
e) Um grande peixe (1.17). O hebraico aqui é “Daggdol”, isto é, peixe enorme. Baleia não é peixe, é um animal marinho, mamífero.
*Em Mt 12.40, quando Jesus falou desse assunto, usou a palavra grega Ketos, peixe gigantesco. Em português a ARA traduz corretamente, mas a ARC é falha na sua tradução, vertendo Daggadol e Ketos por “baleia”.

2. Oração de Jonas no ventre do peixe  Jn 2
*Jonas é o triste retrato de muitos crentes hoje: só oram quando estão em situação difícil (2.1).
a) “Do ventre do abismo gritei; e tu me ouviste” (2.2). Jonas reconhece que é Deus que o tem mergulhado “no profundo, no coração dos mares” (2.3). “Tuas ondas”.
b) O desânimo procura dominá-lo. Jonas já tinha admitido sua falta, tinha pedido perdão a Deus, mas continuava no seu sepulcro aquático (2.4-6).
*A oração de Jonas das entranhas do peixe, indica que Deus ouve e responde mesmo quando oramos em meio ao caos causado pela nossa própria rebelião.
c) O que votei pagarei (2.9). Não sabemos quando que Jonas pagou o voto que fez em sua oração fica claro, porém que ele eventualmente retornou a Israel para concluir seu ministério (2Rs 14.25).
d) Jonas concluiu sua oração, com uma declaração de fé, de que a sua salvação vem somente do Senhor (2.9).

3. A comissão profética é reiterada  Jn 3
*Pela segunda vez veio a palavra do Senhor a Jonas, e desta vez, ele obedeceu, mesmo não mostrando nenhuma misericórdia pelo o povo ninivita. Lembre-se que Jonas foi um profeta desobediente, não um falso profeta.
a) A  grande cidade de Nínive (3.2). Nínive era a maior cidade da sua época. Sua população calcula-se em 600.00 habitantes. Era a capital da Assíria. Sua muralha interna tinha 97 km. A altura dela era 30,5 m e incluía 150 torres de 61 m. A largura dos muros era tal que quatro carros podiam rodar sobre ela, lado a lado.
*Mas acima de tudo isso, toda essa grandeza, havia ali milhares de vidas saturadas pelo pecado e carentes da salvação de Jeová.
b) O arrependimento dos ninivitas (3.5-10). O efeito da pregação de Jonas foi algo impressionante e maravilhoso.
*Os cidadãos do maior ao menor, e o próprio rei se se arrependeram.
*O rei de Nínive naqueles dias, era Adade-Nirari III (810-783 a.C.), ou Assur-Dan III (771-754 a.C.).
c) Vemos aqui, um dos maiores avivamentos registrados na Bíblia.
d) O perdão dos Ninivitas (3.10). Deus havia dado um prazo de 40 dias para o povo tomar uma decisão, esse tempo foi mais do que suficiente, para alcançarem a misericórdia divina.

4. Duas reações ao arrependimento dos ninivitas Jn 4
a) A irritação de Jonas. Mesmo tendo visto o arrependimento do povo, Jonas esperava ansioso o final dos 40 dias, lá fora da cidade (4.5).
*Jonas era igual a muitos de nós hoje, que gostaríamos de ver o castigo destruir pecadores ao invés de vê-los transformados pelo o amor do Mestre.
*Jonas preferia morrer ao ver aqueles pecadores poupados (4.3).
b) Jonas e o verme. Antes, um animal enorme o salvou; agora um bichinho pequeno quase o destruía.
-O Senhor preparou uma planta para sombrear o profeta, depois preparou um verme que matou a planta e o sol abrasador esquentou a cabeça do profeta aborrecido.
-O Senhor, com isso deu uma lição de misericórdia a Jonas (4.10,11).
*Qual a maior alegria de um pregador ao pregar aos pecadores?
*Deus não conhecia o lado racista e o temperamento de Jonas? Sim. O Senhor é bondoso, e usa o que temos de bom, e com o tempo, muda e aperfeiçoa o restante de nós.

 

PLANO DE AULA PARA O LIVRO DE MIQUÉIAS

*Miquéias foi contemporâneo de Isaias, Oséias e Amós. Miquéias foi o único profeta que profetizou para Israel e Judá, muito embora o local em que ele exerceu seu ministério foi a zona rural de Judá. Miquéias é chamado de “Isaias dos profetas menores”, devido a semelhança entre os dois.
* Miquéias profetizou durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias.

1. A ira vindoura  Mq 1
-Miquéias significa “quem é semelhante a Jeová”. Escreveu seu livro por volta do ano 725 a.C., pouco antes da queda do reino do norte, em 722 a.C.
-O profeta era de Moresete-Gate, a mais ou menos 30 km á sudoeste de Jerusalém.
a) Um comovente apelo ao povo de Israel e Judá. O profeta lamenta profundamente o estado dos seus compatriotas (1.8). Esta é a figura do verdadeiro intercessor.
b) Observe a descrição que Miquéias faz de Samaria (1.6,7).
c) O profeta prever as mulheres sendo levadas primeiro ao cativeiro (1.11,12).
*O profeta conclui este capítulo dizendo que, caso não aja arrependimento, o povo será levado todo para o cativeiro (1.16). “Faze-te calva e tosquia-te”. Este era um sinal de luto e profunda dor.

2. Denúncias de Miquéias sobre os obreiros do mal Mq 2
a) O brado de Miquéias agora é contra os ricos gananciosos (2.1). Os ricos passam a noite em seus leitos planejando os atos de perversidade do dia seguinte.
*Deus avisa que as coisas vão mudar, e estes que agem violentamente serão punidos e humilhados (2.3).
b) Tentaram intimidar o profeta, porem sem sucesso (2.6).
*Miquéias lembra algumas das obras do povo (2.9).

3. Governantes, Profetas e Sacerdotes  Mq 3
*Miquéias agora fala aos líderes políticos, eclesiásticos e religiosos, pois todos eram corruptos (3.1).
a) O corajoso profeta declara-se diferente dos demais (3.8).
*Em 1.6, Miquéias falou para Samaria, agora ele diz que se Jerusalém (Sião) não acordar a tempo, ficará na mesma situação (3.12).
b) Os falsos profetas profetizavam paz para os ricos e guerra para os pobres (3.5).

4. O monte do Senhor, paz e prosperidade Mq 4
*Em contraste com o castigo que brevemente sobreviria a Sião, por causa dos pecados do povo, temos aqui a visão da supremacia da casa de Deus nos últimos tempos, isto é, no milênio.
a) Miquéias não segue aqui uma ordem cronológica. Primeiro ele fala do milênio (cap. 4), e depois fala da primeira vinda e do ministério do Messias (cap.5).
*A base desse reino será justiça paz e prosperidade (4.3,4).
*Onde antes havia guerra, sangue e sofrimento, agora haverá tranquilidade, sossego e prosperidade.

5. A vinda do Redentor  Mq 5
*A falta de ordem cronológica das profecias não diminui a sua importância e edificação para nós.
a) O maior nascimento da história (5.2). A grandeza deste Rei Pastor alcançará os confins da terra (2.4).
*Diante de guerras, invasões, conquistas violentas e muita confusão, Miquéias faz uma revelação milenar (5.5a).
b) Deus não se limita apenas a redimir a Israel; Ele os usaria para abençoar a muitos outros povos (5.7).
c) Quando o reino messiânico for estabelecido, haverá uma grande limpeza na face da terra:
*Instrumentos e animais de guerra serão destruídos (5.10);
*As cidades pomposas e as fortalezas serão derrubadas (5.11);
*Mas o principal aniquilamento será o da idolatria e da feitiçaria (5.12-14).

6. Controvérsia do Senhor com Israel Mq 6,7
*A palavra controvérsia (6.2) tem o mesmo sentido da palavra contenda de Oséias 4.1.
a) Deus começa com uma pergunta: “povo meu, que te tenho feito?” (6.3a). Em seguida Deus vai lembrando aquilo que Ele fez por eles (6.4,5).
b) O povo não queria se arrepender conforme Deus exigia. Vejamos a sugestão do povo para se apresentar a Deus:
-Oferecer novilhos, carneiros, rios de azeite, sacrificar seus próprios filhos, os primogênitos (6.6,7).
-Miquéias revela a eles o que o Senhor pede deles (6.8).
*Que eles pratiquem a justiça;
*Amem a misericórdia;
*Andem em humildade com o seu Deus.
c) O povo continuou surdo e cego aos apelos de Deus.
*Ao invés de justiça, praticava injustiça e impiedade (6.10).
*No lugar de misericórdia, havia falsidade e violência (6.11,12).
*E não andavam humildemente perante o Senhor, mas andavam nos conselhos de Onri e Acabe (os dois reis de Israel de pior reputação, 1Rs 16.25,30-34), por isso o Senhor faria deles uma desolação (6.16).

7. O profeta lamenta a corrupção  Mq 7
*O profeta lamenta profundamente por causa da conduta corrupta de Israel.
a) Ele sente-se como uma árvore sem frutos (7.1).
b) Miquéias diz que o melhor do povo era como um espinho (7.4).
*Todavia, o profeta confia no Senhor (7.7).
c) O arrependimento precede a compaixão divina. Primeiro Israel foi punido (7.9), e depois restaurado (7.11).
d) Resultados da salvação da parte de Deus:
-Os inimigos serão envergonhados (7.10,16 17);
-Jerusalém será reedificada (7.11);
-As nações distantes virão a Jerusalém (7.12);
-O Messias lhes mostrará maravilhas (7.15);
e) Estes últimos versículos de Miquéias, retratam a magnifica misericórdia do Supremo Senhor (7.18-20).










0 comentários:

Postar um comentário

 
;