PLANO DE AULA PARA O
LIVRO DE OSÉIAS
*Oséias cumpriu uma das ordens mais complexas do Senhor,
para revelar quão intenso era o seu amor para com Israel.
*O povo aqui estava vivendo a chamada “época áurea”.
Judá, sob o reinado do rei Usias e Israel, com o rei Jeroboão II. Época de
muita prosperidade.
*O livro de Oséias tem 197 versículos, destes, 111 fala
de 28 profecias específicas, ou seja, 56% do livro.
1. Toma uma mulher
de prostituição Os 1
*Aqui, surgem muitos debates e interpretações.
a) Gômer foi prostituta antes de se casar com Oséias?
b) Este livro trata-se de um sonho, visão, ou uma
alegoria?
c) Ela já tinha filhos, fruto da prostituição?
d) Depois de casada, Gômer teve filhos de outro homem?
*Entendemos que ela já era prostituta, e que já tinha
filhos (1.2). Ver Is 53.3; Sl
139.19. O livro não é nenhuma alegoria ou visão, trata-se de uma história real.
*O casal tem três
filhos e Deus instrui o seu profeta a respeito de seus nomes:
-Jezreel, - cidade
famosa, por um ato sangrento que ali houve (2Rs 9.1-10).
-Lo-Ruama - não
compadecida ou desfavorecida (1.6).
-Lo-Ami - não meu povo
(1.10). Oeste capítulo 1, termina com uma palavra profética sobre o milênio.
2. A culpada mãe –
Israel Os 2
*A mãe aqui (2.2), simboliza
Israel. Oséias pede aos filhos à tentarem convencer sua mãe a voltar para o seu
marido, o pai deles; antes que seja tarde demais.
*A mulher (Israel),
recebia dos seus amantes (nações pagãs) algumas coisas conforme descrito em
(2.5).
a) O amor do marido era
tão grande, que ele dificultou o acesso da esposa aos seus amantes (2.6,7).
b) Deus fala que até
mesmo os presentes que os seus amantes
lhes dão, provem dele (2.8).
c) A paciência do
marido está acabando (2.9-13).
*Os castigos descritos
a seguir, acontecerão se a esposa persistir no erro:
-Retirarei o grão e o
vinho.
-Arrebatarei a minha lã
e o linho.
-Descobrirei as suas
vergonhas.
-Farei cessar o seu
gozo.
-Devastarei a sua vide
e a figueira.
-Castigá-la-ei pelos
dias de baalins.
*Tudo isso viria sobre
Israel por que… (2.13).
d) Deus promete
restauração. Deus fala de um dia de libertação no futuro, comparando com a
libertação do Egito (2.15). Onde houve dores e tribulação (vale de Acor: vale
de perturbação Js 7.26), haverá uma porta de esperança (2.15).
*Naquele dia, o povo
chamará o Senhor de “meu marido”
(2.16).
3. Amor Divino e Amor Humano Os 3
*Deus manda Oséias
buscar pela segunda vez a Gômer (3.1). Ela estava em condições deploráveis.
Gômer havia se vendido à escravidão, pois já não conseguia dinheiro na
prostituição.
a) Oséias paga por ela,
o preço de um escravo (3.2). O preço de um escravo era 30 peças de prata (Êx
21.32). Um Ômer e meio de cevada,
representava a comida de um escravo por um ano, isso totalizava as 30 moedas.
b) Oséias pune a sua
mulher. Ficaram muitos dias privados do relacionamento íntimo de um casal
(3.3).
*Aplicação: O Senhor
também comprou o seu povo, pelo o seu amor.
*Mas passarão longos
dias sem governo, sem religião (3.4). Apesar de Israel ser “Esposa” do
Senhor, ficará sem comunhão conjugal com
seu marido.
4. Corrupção moral de Israel Os 4,4
*Oséias começa o
capítulo 4 dizendo que Deus tem uma contenda com o povo.
a) Motivo da contenda:
*Falta de verdade.
*Falta de amor ou
dignidade.
*Falta de conhecimento
de Deus (4.1). A falta de conhecimento de Deus está arruinando a humanidade
(4.6).
b) A natureza sofre por
causa do pecado do homem (4.2,3).
c) Os sacerdotes
estavam iguais ao povo, por isso seriam castigados igualmente (4.9).
d) As autoridades
estavam também em decadência (4.18).
e) Toda a família
estava em degeneração (4.13).
5. Orgulho, Excesso e Desprezo (cap. 5).
*Quantas vezes cairmos
e nos arrependemos sinceramente, Deus nos perdoará, mas se começarmos cair e
sentir menos remorso pelo o pecado começou então a comprometer nosso
relacionamento com Deus.
a) O povo se aprofundou
na prática do pecado (5.2).
b) O Espírito do Senhor
saiu e entrou o espírito da prostituição (5.4).
c) Quando o povo cansou
de ignorar a Deus, e foi procura-lo, era tarde demais, Deus tinha se retirado
(5.6).
6. Infidelidade de Israel, a Iniquidade é
descoberta Os 6,7
*O final do capítulo
cinco (5.15), e o inicio do capítulo seis (6.1-3), percebemos que o povo estava
aflito, reconhece que Deus o tem ferido, mas que também pode curá-lo.
a) Conversão por
conveniência. O Senhor fala que a conversão deles é algo temporário, é uma
conveniência passageira (6.4). Nuvem. Orvalho.
b) O Senhor declara que
não é este tipo de transformação que Ele quer (6.6).
c) A partir de 7.8,
Oséias usa três comparações:
*Pão não virado,
queimado dum lado, cru do outro. O lado queimado pode ser o excesso de
sabedoria humana, queimou porque não deixou Deus virá-lo.
*Uma pomba enganada, voando
sem destino certo, fala da falta do senso de direção de Israel. Confuso, sem
saber para onde ir.
*Um arco enganoso.
Israel não acertava o alvo da sua restauração, porque o seu instrumento de
impulso era defeituoso. Parecia que estava apontando na direção certa, mas
quando soltava a flecha, atingia o alvo da idolatria.
7. Uma colheita de
vendavais Os 8,9
a) O castigo de Israel
está às portas. A trombeta está na posição de ser tocada (8.10).
b) Veja que Oséias aqui
já pregava sobre a lei da semeadura (8.7).
c) Mesmo assim Israel
multiplicou os seus altares ímpios e ignorou as leis de Deus (8.11,12).
d) O profeta lembra a
Israel dos dias quando foram reunidos pelo Senhor (Êxodo). Israel ali era para
Deus como uvas suculentas, como os primeiros figos da colheita do verão (9.10).
c) Deus fala que viu o
futuro de Efraim, plantado como uma árvore verde, mas Israel abandonou a Deus.
*O profeta conclui esta
mensagem com palavras muito tristes
(9.17).
* Oséias chega a se
comparará com um louco, por causa do pecado do povo (9.7).
8. Semeadura e colheita (pág. 19) Os 10
“Chegaram os dias do
castigo, chegaram os dias da retribuição” (9.7).
a) Israel é vide
frondosa. Aqui é uma alusão à época áurea de Israel. A prosperidade (frutos da
vide) foi de desonra para Deus (10.1,2).
b) Israel foi levado à
Assíria, o seu rei, foi comparado a “espuma sobre a face da água” (10.7).
*Veja a que ponto
chegou o desespero (10.8).
c) O profeta enfatiza
mais uma vez a importância da lei da semeadura, e prever uma colheita
desagradável para Israel (10.12,13).
9. O Triunfo da Misericórdia Os 11
a) O Senhor lembra-se
dos dias de quando Israel era menino (11.1).
b) Ele recorda que o
ensinou a andar (11.3).
*Israel estava indo
para o cativeiro assírio, por recusar-se a converter-se (11.5).
c) O conflito da
justiça com a misericórdia divina (11.8).
*Deus diz no versículo
8 “…porque sou Deus e não homem”. Deus é extremamente misericordioso. Ele dia
que Israel será castigado agora, mas não será exterminado. Nos últimos ouvirás
a voz de Deus e entenderá e voltará e será restaurado.
10. Condenação inevitável Os 12,13
*Pecar é uma coisa,
porem, orgulhar-se disso já é muito mais sério. O povo de Deus, de tanto andar
nas trevas, a luz para eles, era agora elemento estranho (12.7,8).
a) Quanto mais Deus
falava pelos os seus profetas, mais o povo ignorava a voz de Deus (12,10,14)
*Capítulo 13. Aqui Deus
começa falando da grandeza passada de Israel (13.1). O pecado lhe enfraqueceu.
Israel morreu (13.1).
b) Deus compara a
obstinação de Israel a uma criança que chega a hora de nascer, porem se recusa
a sair da madre (13.13).
11. A restauração de Israel Os 14
*Oséias termina seu
livro com um apelo final a Israel, para restauração.
a) Condições requeridas
para restauração:
-Ter palavras de
arrependimento.
-Em vez de sacrifícios
de animais, sacrifício de lábios (14.2).
b) Em 722 a.C Israel
foi levado ao cativeiro pelos Assírios.
*Ali tinha inicio
aquilo que mais tarde iria causar a dispersão de Israel. Até hoje isso
continua.
c) Um dia todo Israel
voltará para sua terra e para o seu Deus (14.5).
d) O ultimo brado do
profeta, encerra o seu livro (14.9).
*Não se pode andar na
vereda da justiça, com o fardo do pecado atado às costas. Este foi o grande
problema de Israel. Este é o grande problema de muitos hoje, dentre os chamados
“povo de Deus”.
Usando o capítulo 14, observaremos alguns
pontos importantes sobre o arrependimento do homem e a reconciliação com Deus.
1 Voltar para
Deus (14:1). Às vezes,
pessoas reconhecem problemas e até erros na vida, mas ainda não voltam ao
Senhor. Judas Iscariotes tentou fugir de Deus, cometendo suicídio, quando
deveria ter voltado para Jesus, pedindo perdão (Mateus 27:3-5).
2 Reconhecer
o próprio pecado (14:1). A
tendência de muitas pessoas é jogar a culpa em outros ("eles me
fizeram...") ou nas próprias circunstâncias ("aconteceu..."). A
volta ao Senhor exige que a pessoa assuma o que fez, reconhecendo o seu pecado.
3. Falar palavras
de arrependimento (14:2).
Obviamente, o pecador que volta ao Senhor deve mostrar frutos do arrependimento
(Mateus 3:8). Mas, também, deve falar palavras de arrependimento, confessando o
seu pecado (veja 1 João 1:9; Tiago 5:16).
4. Pedir
perdão (14:2). O pecado
ofende. Todos os pecados são ofensas contra Deus. Alguns magoam outras pessoas
(familiares, irmãos em Cristo, vizinhos, colegas, etc). Precisamos pedir perdão
às pessoas ofendidas (Atos 8:21-23; Lucas 17:3-4).
5. Oferecer
serviço e sacrifício ao Senhor (14:2). O pecador purificado deve exaltar o nome do Senhor (veja Salmo
51:13-17).
6. Abandonar
outras "soluções" (14:3).
Israel precisava deixar a sua confiança em: (a) Alianças com outros povos
(Assíria, Egito, etc.); (b) Força militar (cavalos); (c) Falsos deuses (obra
das nossas mãos). Nós, também, temos de recusar qualquer solução aos problemas
espirituais que não seja de Deus.
7. Confiar
exclusivamente em Deus (14:3).
Ele é o único Deus e aquele que mostra misericórdia ao órfão.
Se Israel se
arrependesse da maneira descrita nesses primeiros três versículos, Deus
perdoaria da forma apresentada nos versículos 4 a 8:
8. Curar a
infidelidade de Israel
(14:4). A traição traz consequências e sequelas. Como um marido que perdoa e
aceita de volta a sua esposa infiel, Deus age para curar Israel.
9. Ele ama o
arrependido (14:4). O amor
de Deus é incompreensível aos homens. Depois de tudo que Israel fez, ele tomou
a nação de novo como a sua esposa e mostrou o seu amor para com ela (veja
2:14-20; 11:8-11; Ezequiel 16; João 3:16).
10. Ele ajuda
o arrependido a crescer e a produzir fruto (14:5). Jesus perdoou e aceitou Pedro depois deste o negar e lhe deu
grandes responsabilidades no reino (João 21:15-17). Paulo pediu a ajuda de
Marcos depois de tê-lo rejeitado (2 Timóteo 4:11; Atos 15:37-39). Deus prepara
o servo arrependido para o seu papel no reino do Senhor.
11. Ele
aperfeiçoa o arrependido
para que este possa mostrar a sua beleza espiritual e ajudar outros (14:6-7).
12. Ele não
trata o arrependido como os ídolos o fariam (14:8). Os ídolos são impotentes e não trazem nenhum benefício real à
pessoa. Deus acolhe o arrependido e cuida dele!
PLANO DE AULA PARA O
LIVRO DE JOEL
*Joel (Jeová é Deus), filho de Petuel (perseguido por
Deus), era de Judá, natural de Jerusalém. Foi contemporâneo de Obadias e
Eliseu.
*A data do livro gira em torno do ano 853 a.C., período
em que Joás reinava em Judá.
*50, dos 73 versículos do seu livro têm profecias
diretas, ou seja, 68% do livro envolvem 25 predições.
Joel começa seu livro falando sobre uma praga de
gafanhotos que havia vindo sobre Judá, e o estrago que causaram.
1. Descrição da
praga de gafanhotos Jl 1
a) Existem mais de 90 variedades de gafanhotos. Joel fala
de um tipo, mas trata do seu desenvolvimento em quatro estágios, ou fases:
-Gafanhoto cortador – lagarta – recém-nascido, sem asas.
-Gafanhoto migrador – gafanhoto – já no primeiro estágio
de desenvolvimento. Estágio inicial.
-Gafanhoto devorador – locusta – desenvolve pequenas
asas; não voa, mas pula bem; começa a devorar. Estágio intermediário.
-Gafanhoto destruidor – pulgão – plenamente desenvolvido,
com asas completas, já voa; é o consumidor adulto (1.4).
b) Os gafanhotos destruíram as vinhas, deixando os ébrios
sem vinho (1.5).
c) Os gafanhotos comeram até a casca da vide (1.7).
*Virgem com marido? (1.8). Veja a seriedade do noivado
(Dt 22.23,24).
d) A adoração pública a Deus fora interrompida, pois os
gafanhotos haviam destruído toda a matéria-prima para preparação dos
sacrifícios (1.9,10).
e) Um apelo aos sacerdotes. Os sacerdotes devem conduzir
o povo em jejum e em uma assembleia nacional solene de arrependimento
(1.13,14).
*Esse ataque devastador de gafanhotos, já havia
acontecido, e Joel estava aqui descrevendo tudo com detalhes, como forma de
mostrar “o grande dia do Senhor”, apontando para a grande tribulação (1.15).
f) O profeta não se esquece de mencionar que este exército
e seus ataques fazem parte dos planos de Deus (1.15; 2.11).
2. Uma chamada ao
arrependimento Jl 2
a) Tocai a trombeta (2.1). Este instrumento estava quase
sempre ligado à guerra.
-Sinalizava o inicio do combate (Jz 6.34).
-Anunciava a presença do inimigo (Am 3.6).
-Era ouvida uma batalha inteira (Am 2.2)
b) Joel compara com o fogo. Antes da invasão, a terra era
como o Jardim do Éden, depois, reduzida a um deserto (2.3).
*No v. 4, a sua aparência é como de cavalo. Ver Ap.
9.1-12.
*No v. 10, os acontecimentos assemelhavam-se a Ap
6.12,13;8-12.
c) Rasgai o vosso coração. Aqui é uma chamada ao
arrependimento (2.12,13). O profeta mostra alguns atributos de Deus:
-Misericórdia.
-Compaixão.
-Longanimidade.
-Benignidade.
d) Nova convocação (2.15-17). Esta convocação de 2.15-17
tem pelo menos três diferenças daquela de 1.13,14.
-A primeira foi exclusivamente aos sacerdotes
negligentes;
Esta inclui todo o povo, homens, mulheres, crianças,
noivos recém-casados, que eram isentos por lei de qualquer convocação durante
um ano (Dt 24.5).
-A segunda diferença é que aqui não são chamados a
responder por suas iniquidades, mas a esperar pela misericórdia de Deus.
-Em terceiro lugar, a buzina aqui não era uma advertência
sobre a aproximação do perigo, mas sim, uma convocação para uma reunião
religiosa, - Dia Mundial de Oração.
e) No restante do capitulo 2, Joel fala de bênçãos num
futuro imediato, e num futuro distante.
*Bênçãos imediatas:
-A terra que lamentava (1.10), agora se regozija (2.21).
-Os animais que gemiam (1.18), agora não devem temer
(2.22).
-Os campos destroçados (1.7), agora frutificarão (2.22).
-Onde não havia chuva (1.20), agora tem abundância (2.23).
-Onde não havia trigo, vinho e azeite (1.10), agora há
superabundância (2.24).
-Os danos feitos pelos gafanhotos (1.4), agora deve ser
reparado e restituído (2.25-27).
-Restituição também espiritual (26,27).
*Bênçãos num futuro distante:
-Joel fala agora sobre o derramamento do Espírito de Deus
sobre toda carne. “E acontecerá, Depois,...” Depois de que? Depois do
arrependimento e restauração de Israel (Zc 12.10; 13.1). Esse texto está ligado
à Segunda Vinda de Cristo.
-Pedro usa esse texto no dia de Pentecoste (At 2.16-21).
-Nós estamos dentro dessa época.
3. Destruição dos
inimigos de Deus- Vale da Decisão Jl 3
*Joel trata aqui do fim das nações inimigas de Judá.
*O Senhor ajuntará esses povos no Vale da Josafá, aqui,
representa simbolicamente, a terrível batalha final na planície de Armagedom.
a) Tiro, Sidom e Filístia, representam aqui todas as
nações inimigas (3.4).
b) Os motivos da destruição foram muitos:
-Roubaram ouro e a prata e os tesouros do Senhor (3.5).
-Dividiram a terra do Senhor entre si (3.2).
-Mas o principal motivo da fúria dos céus contra estes
povos foi porque eles venderam os filhos dos judeus, e espalhou o povo pelo
mundo a fora (3.2,6).
c) A Sentença Executada.
*As nações foram julgadas e condenadas, só falta agora a
execução da sentença.
*Os vv 13.14 descrevem a execução do juízo.
-Seara madura de malicia.
-Uma videira repleta de frutos da maldade.
-O lagar está pronto para ser pisado.
d) Diante de todo o juízo, os fiéis são protegidos
(3.19). Israel, e nós também teremos a plenitude do seu cuidado (3.18).
PLANO DE AULA PARA O
LIVRO DE AMÓS
*Amós profetizou antes da queda doo reino do norte. Amós
foi oi contemporâneo de Oséias, Isaias e Miquéias.
*Profetizou para Israel. Não era de família de profeta,
mas sim, pastor, boieiro e colhedor de sicômoros (1.1; 7.14).
*Escreveu em 760 a.C. e seu tema é sobre a justiça de
Deus. Deus fala através Amós, que o destino de Israel estava determinado. Os
Assírios invadiria o reino do norte uns 38 anos depois, 722 a.C.
*Dente os 146 versículos, 85 são proféticos, ou 85% do
livro. A maioria das predições deste, já foi cumprida, (contexto religioso).
1. Profecias
contra as nações julgadas Am 1 e 2.
*As profecias de Amós, vieram dois anos de um terremoto
que abalou Israel. Este terremoto é mencionado por Zacarias (Zc 14.5) e por
Josefo, que o relaciona ao pecado do rei Uzias ao assumir funções sacerdotais
(2Cr 26.16).
a) A lista dos inimigos de Israel é a seguinte:
-Damasco (Síria); Gaza (Filístia); Tiro (Fenícia); Edon,
Amom e Moabe.
b) “Por três… e por quatro, não sustarei o castigo…”.
Esta expressão é repetida oito vezes nestes dois capítulos (1.3,6,9,11,13; 2.1,4,6).
Alguns interpretam esta expressão como: muitos crimes ou crime sobre crime.
*No caso das nações pagãs sobre as quais Amós pronunciou
julgamento, é citado somente um pecado.
-Damasco. “Trilharam a Giliade com trilhos de ferro”
(1.3).
-Gaza. “Levar em cativeiro todo o povo, para entregar a
Edom” (1.6).
-Tiro. “Porque entregaram todos os cativos a Edom, e não
se lembraram da aliança de irmãos” (1.9). Entre Irão, rei de Tiro, Davi e
Salomão, havia uma aliança que proibia a venda de hebreus como escravos (2Sm
5.11; 1Rs 5.1-12; 9.13).
-Edom. “Perseguiu seu irmão à espada e baniu toda a
misericórdia” (1.11). Era descendente de Esaú irmão gêmeo de Jacó.
-Amom. “Rasgaram o ventre das grávidas de Giliade”
(1.13). Sobre este ato desumano ver (2Rs 8.12). Hazael era rei da Síria. Os
amonitas eram descendentes de Ló através de Bem-Ami filho de Ló com sua filha
mais nova (Gn 19.38).
-Moabe. “Queimou os ossos do rei de Edom” (2.1).
Judá. “Rejeitou a lei do Senhor e não guardou os seus
estatutos” (2.4).
*Quanto a Israel, Amós dá uma lista de pelo menos sete
transgressões (2.6-8). Era pior do que os pagãos, pois pecavam contra seus
próprios irmãos.
c) Israel não tinha como escapar. Nem com lanças (2.15).
Nem correndo em fuga (2.2.15). Nem a cavalo (2.15).
* “E o mais corajoso entre os valentes fugirá nu” (2.16).
2. O julgamento de Israel Am 3,4
*Deus nunca inicia algo que não vai terminar. Quando diz
que vai abençoar, Ele abençoa; mas quando diz que vai julgar, Ele julga.
a) Toda a família (3.1). Todas as doze tribos, não apenas
as dez tribos do norte. Israel foi levado ao cativeiro em 722 a.C (2Rs
17.18-23) e Judá foi levado de três vezes 606, 597 e 586 a.C.
b) Aliança com Deus, não é imunidade do juízo do Senhor.
Se Deus não tivesse julgado seu povo, Ele teria violado sua própria aliança (Êx
19.5).
c) Os nossos privilégios como povo de Deus, aumentam
nossas responsabilidade em vez de nos eximir de julgamento.
d) Em Amós 3.3-6, temos sete perguntas retóricas. São
ilustrações para levar ao coração do povo a verdade de que Deus envia o “mal”
(v.6).
e) Israel estava prospero, mas como ficaria? (3.11,12).
Capítulo 4.
a) “Vacas de Basã”. Esta é uma referência às mulheres
ricas, à custa dos pobres e necessitados (4.1).
*O juízo de Deus sobre elas toma a forma de um juramento
(4.2). Basã era uma região fértil e bem irrigada. Ali eram criados os animais
para os sacrifícios cultuais.
*Assim como o gado engordava inconsciente da sua morte
certa, as mulheres de Israel viviam no luxo sem noção da catástrofe prestes a
esmagá-las.
b) Ironicamente, Amós convida o povo a continuar pecando
(4.4).
c) Amós revela a lista do que Deus fez cair sobre o povo
a fim de trazê-los de volta:
-“Vos deixei de dentes limpos” – sem comida (4.6).
-“Retive de vós a chuva” (4.7).
-“feri-vos” (4.9).
-“Enviei a peste contra vós” (4.10).
-“Subverti alguns entre vós” (4.11).
d) Toda essa ação disciplinar teve efeito negativo
(4.12).
3. A trágica queda
de Israel Am 5,6
a) O profeta fala que o remanescente de Israel seria
reduzido a um décimo: “Da qual saem mil conservará cem”; “da qual saem cem
conservará dez” (5.3).
b) A misericórdia de Deus ainda podia ser buscada, mas o
tempo para isso estava se esgotando (5.3).
c) Deus sabe que suas transgressões
são muitas e graves (5.12), mas por enquanto, ainda existe uma possibilidade de
restauração (5.14,15).
d) A situação era tão grave, que o profeta
diz que o prudente deveria guardar silêncio, pois suas palavras não seriam
consideradas (5.13).
e) Era grande a injustiça aos pobres
e necessitados, os juízes, odiavam a justiça (5.10).
*Os pobres eram subornados (5.11).
f) Israel acreditava que o dia do
Senhor trazia julgamento somente sobre os seus inimigos, pois se julgavam “os
escolhidos do Senhor”, por isso desejavam que o dia chegasse logo (5.18).
g) Talvez alguém pense que Deus não é
exigente. Mas Ele é sim. Deus estava “cansado” da atitude rebelde de Israel,
Ele aborrecia e desprezava:
- Suas festas e assembleias
hipócritas.
-Seus holocaustos e ofertas.
-Ficava irritado com suas musicas…
h) Deus exigia justiça plena, (5.24).
Deus desejava uma vida diária de retidão. O cristianismo não é feito de
momentos, mas é uma vida, vida cristã.
Capítulo
6
a) Calne, Hamate e Gate, na Filístia,
eram lugares de grande iniquidade e desmedida imoralidade, Israel era igual ou
pior do que estes (6.2).
b) Os líderes, os ricos de Israel viviam
a vontade, como se Deus não existisse (6.1).
d) Cantavam, bebiam e se ungiam com
os melhores óleos, e não se preocupavam com a ruina e imagem de seu reino
(6.5,6). O resultado seria: (6.7).
4.
Revelações sobre os desígnios de Deus Am 7
a) Visão dos gafanhotos. Amós teve
uma visão de gafanhotos destruindo a colheita que era destinada aos pobres
(7.1).
*O profeta orou, e Deus adiou o juízo
(7.2).
b) A visão do fogo. Nesta visão o
fogo ameaçava as águas e a terra. Seria um holocausto terrível (7.4).
*O profeta orou, e Deus novamente
adiou o julgamento (7.6).
c) A visão do prumo. O próprio Deus
pôs o prumo em Israel.
*O prumo provava a decadência moral e
espiritual de Israel, e o profeta ver que dessa vez o julgamento é inevitável.
Dessa vez o profeta não intercede
pelo o povo (7.7,9).
d) Reação a terceira visão. Amazias,
sacerdote de Betel, não gostou das visões, e acusou Amós de conspiração.
*Amazias era um tipo de “capelão
real”. Seus sacrifícios eram pagãos. Não tinha nenhuma autoridade.
*Manda dizer a Jeroboão, que Amós
havia conspirado contra o rei (7.10).
*Ele distorce a profecia (ver v.9 e
v. 11), tentando provocar violência contra Amós.
*O rei não deu importância, então ele
se volta para Amós e o ordena que sai de Israel (7.12,13). Amós diz a ele que
não pediu para ser profeta (7.14,15).
c) Amós fala duramente para Amazias
(7.17)
-Tua mulher será uma prostituta nesta
cidade;
-Teus filhos e tuas filhas serão
mortos a espada;
-Tu, Amazia, morrerás numa terra
imunda, ou seja, estrangeira.
5.
A visão do cesto de frutos Am 8
*Israel aqui foi visto como um cesto
de frutas maduras, prontas para apodrecer.
a) Amós, mais uma vez menciona alguns
dos pecados do povo: ganancia, desonestidade, opressão aos pobres, idolatria em
massa…
b) Por causa disso Deus enviaria o
juízo:
*transformaria os cânticos em uivo, e
multiplicaria os cadáveres (8.3), porem, a mais triste punição seria a fome e
sede da Palavra de Deus, quando esta já não estava mais disponível (8.11,12).
*A expressão “virgens formosas e os
jovens desmaiarão de sede”, tem pelo menos dois significados:
1.
Indica que apenas o vigor e a juventude não bastam para atender as crises
morais e espirituais (8.13)
2.
Os idosos, olhando para o passado podem sobreviver das memórias, e os jovens,
que já havia nascido num tempo de apostasia da nação?
6.
A visão do Senhor sobre um altar Am 9
*Muito aflito, Amós declara que não há mais
esperança para o povo. Mesmo tentando uma saída, não escaparão à justiça do
justo juiz (9.1-4).
a) Uma restauração em longo prazo
(9.8,9).
*O v.8 diz que Deus não destruirá de
todo a casa de Israel. Na figura do trigo sacudido na peneira (crivo), vemos
que os grãos bons são preservados e os que não prestam lançados fora (9.9).
b) Amós termina seu livro falando de
um dia, não de juízo e de destruição, mas grande e glorioso, onde Deus fará
cinco coisas a favor do seu povo:
-Levantará a casa de Davi (911)
Referencia ao milênio;
-Reparará suas brechas (9.11);
-Restaurá-lo-á como nos dias da
antiguidade (9.11);
-Mudará a sorte do seu povo (9.14);
-Plantá-los-á na sua terra (9.15).
*Foi O Senhor que destruiu Israel
(9.5), também é Ele que volta para restaurá-lo (99.12)
*Todo castigo de Deus tem um
propósito justo.
c) As safras serão tão abundantes que
o lavrador seguirá de perto o segador, e o que pisa as uvas estará caminhando
bem atrás do semeador (9.13). Aqui, são as bênçãos da era Messiânica, ou o
milênio.
PLANO DE AULA PARA O
LIVRO DE OBADIAS
*Obadias é o menor livro do Antigo
Testamento com apenas um capítulo e 21 versículos, destes, 17 são proféticos,
cerca de 81% do livro.
*Seu nome significa “servo de Jeová”,
foi contemporâneo de Joel (reino do sul), Elias, e Elizeu (reino do norte).
Obadias e Joel são os mais antigos dos profetas menores.
*Obadias profetizou em Judá nos dias
do rei Jeroboão, genro de Acabe. Existem muitos outros Obadias na Bíblia:
a) Obadias, o profeta;
b) O mordomo de Acabe (1Rs 18.3);
c) O descendente de Issacar (1Cr
7.3);
d) O descendente de Benjamim (1Cr
8.38);
e) O um dos valentes de Davi (1Cr
12.9);
f) O um dos príncipes de Josafá (2Cr
17.7);
g) O superintendente da reforma do
templo nos dias de Josias (2Cr 34.12);
h) Que veio do cativeiro com
Zorobabel (Obadias filho de Jeiel Ed 8.9);
i) Um dos trabalhadores de Neemias na
reconstrução dos muros (Ne 10.5);
j) Porteiro de Neemias (12.25).
1.
A Iminente destruição de Edom Ob 1-9
“Visão de Obadias: assim diz o Senhor
Deus a respeito de Edom” (v.1). Assim começa o pequeno livro deste profeta.
a) A respeito de Edom. Já de inicio,
notamos que Edom vai sofrer terrivelmente.
*Será invadido pelas nações (v.1).
*Será muito desprezado (v.2).
*Por causa de sua soberba; será
derrubado da sua alta morada (v.3).
*Será destruído total e para sempre
(v.10).
b) “Ó tu habitas nas fendas das
rochas, na tua alta morada” (v.3). Aqui fala de Petra, a grande fortaleza
praticamente invencível dos Edomitas.
c) Agora, de nada adiantará a
fortaleza, pois é o Senhor dos Exércitos que comanda a invasão contra eles.
d) Motivo do castigo de Edom: por
causa da violência feita a Jacó seu irmão (v.10).
2.
Comportamento de Edom para com Judá Ob 10-21
a) A progressão dos crimes de Edom.
*Mourou-se indiferente enquanto
Jerusalém era invadida (v.11).
*Alegrou-se pelo o cativeiro dos
filhos de Judá (v.12).
*Participou ativamente do saque da
cidade (v.13).
*Montou barreiras nas estradas para
impedir que os Judeus fugissem (v.14).
b) Este saque de Jerusalém, ocorreu
em 586 a.C., por Nabucodonosor, a participação de Edom nessa ocasião, foi
amargamente lembrada pelos Judeus durante o cativeiro babilônico (Sl 137.7).
3.
Em Obadias observamos três “dias” distintos, todos representando violência.
a) O dia do v.8. Aqui fala da época
em que Edom será arrasado.
b) O dia que se encontram nos
versículos 11-14. Aqui se trata do “dia” da angustia, o dia da sua calamidade;
tempo em Judá sofreu sob as mãos dos Edomitas. Foi nesse dia, que Edom tentou
exterminar Judá (v.14).
c) O terceiro é “o dia do Senhor”,
que começará logo após o arrebatamento da igreja, e continuará até o
estabelecimento dos novos céus e nova terra.
d) “A casa de Jacó será fogo, e a
casa de José chama, e a casa de Esaú palha…” (v.18). Este versículo mostra mais
uma vez que a queda de Edom será fatal.
*O texto também mostra os
descendentes de Jacó e José, enfim juntos.
*Em meio as descrições de juízo, tem
uma promessa de restauração para Judá (v. 17).
*Edom, hoje: nos dias de hoje, não há
um sobrevivente sequer dos outrora poderosos Edomitas. Até hoje, a antiga terra
de Edom é um deserto, e os Edomitas desapareceram totalmente da história
humana.
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