AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL
Daniel
9.24-27
As profecias de Jeremias sobre
o tempo de duração do cativeiro babilônico estão em Jeremias 25.11, 12; 29.10.
1.
Setenta
semanas de anos. Por que semanas de anos?
a) O
original não diz “semanas” e sim “setes”, portanto “sete setes”
b) Quando
a semana trata-se de semana de dias, o Hebraico acrescenta a palavra “yamin”, para dias (Dn 10.1-3).
c) A
expressão “semana de anos” é bíblica. “Também
contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos; de maneira que os dias das
sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos” (Lv 25.8).
2.
O ano
bíblico ou profético tina 360 dias.
a) Apocalipse
12.6 fala de 1.260 dias. Apocalipse 13.5 tratando do mesmo tema, fala de 42
meses. 1.260 ÷ 42 = 30
b) Outro exemplo: Genesis 7.11 fala de uma
data. 17 de zive = maio (2º) do ano 600
da vida de Noé, aqui começa o dilúvio.
c) Genesis
8.4 fala de outra data: 17 de etanin
= outubro (7º) do ano 600 da vida de Noé, aqui a arca repousou, fim do dilúvio.
d) Genesis
8.3 diz que este período foi de 150 dias.
17/05 à 17/10 = 5 meses. 150 ÷ 5 = 30 dias. 30 x 12=360.
3.
Os
três grupos das 70 semanas
a) 7
x 7 = 49 anos. Iniciou em 14 de março de 445 a.C. e terminou em 396 a.C.
b) 62
x 7 x 434 anos. Iniciou em 396 a.C. e terminou em 29 d.C.
Observação.
Quando vamos fazer este cálculo, os números não batem. Por quê? O nosso
calendário foi primeiramente organizado por Rômulo, 1º rei de Roma. Tinha 10
meses. Num Pompílio, outro rei de Roma, acrescentou 2 meses. Julio Cesar
reformou posteriormente. E em 526 d.C. Dionísio elaborou novo calendário, mas
enganou-se nos cálculos, resultando num atraso de quase 5 anos.
c) 1
x 7 =7 anos. Aqui é ainda futuro, e não começará enquanto Israel estiver fora
da sua terra, e a igreja não tiver sido arrebatada. O retorno de Israel começou
em 1948 e a igreja pode ser arrebatada antes de você terminar de ler este artigo.
Ordens semelhantes, porém distintas
1.
No ano 538 a.C. o rei Ciro,
após conquistar a Babilônia, expede um decreto a favor do povo de Israel. Esse
decreto de Ciro é destinado ao retorno dos judeus à terra natal para reconstruir o Templo e restituir os
utensílios sagrados pertencentes a ele (Ed 1.1-8; 5.13-14).
2.
Anos depois, em 520 a.C. ,
em função de um pedido de ajuda provindo de Jerusalém, Dario, confirma a mesma
ordem dada anteriormente por Ciro (Ed 6.1-13).
3.
Mais de 70 anos depois, em
457 a.C. o rei Artaxerxes I emite um decreto, registrado em Esdras 7.11-23,
objetivando ajudar no funcionamento do Templo em Jerusalém.
Esse primeiro decreto de Artaxerxes foi dado pessoalmente a
Esdras (Ed 7.11). Todas essas ordens citadas até aqui se referem ao Templo e ao
seu funcionamento.
4.
Por último, em 445 a.C. o
mesmo Artaxerxes I dá uma ordem a Neemias para a reedificação da cidade de Jerusalém
e de seus muros (Ne 2.1-9).
É interessante notar que, até essa última ordem dada a
Neemias, Jerusalém ainda não havia sido reedificada e ainda estava em ruínas
(Ne 2.5).
Então, as 3 primeiras ordens foram expedidas por Ciro, Dario e Artaxerxes,
respectivamente, em relação ao Templo e ao funcionamento das cerimônias
relacionadas a ele. No entanto, a cidade só começou a ser plenamente
reedificada a partir do decreto dado a Neemias em 445 a.C.
Pb Gerardo Pereira
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