terça-feira, 16 de dezembro de 2014

AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL



AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL
                                         Daniel 9.24-27

As profecias de Jeremias sobre o tempo de duração do cativeiro babilônico estão em Jeremias 25.11, 12; 29.10.

1.       Setenta semanas de anos. Por que semanas de anos?
a)      O original não diz “semanas” e sim “setes”, portanto “sete setes”
b)      Quando a semana trata-se de semana de dias, o Hebraico acrescenta a palavra “yamin”, para dias (Dn 10.1-3).
c)       A expressão “semana de anos” é bíblica. “Também contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos; de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos” (Lv 25.8).

2.       O ano bíblico ou profético tina 360 dias.
a)  Apocalipse 12.6 fala de 1.260 dias. Apocalipse 13.5 tratando do mesmo tema, fala de 42 meses. 1.260 ÷ 42 = 30
b)     Outro exemplo: Genesis 7.11 fala de uma data. 17 de zive = maio (2º) do ano 600 da vida de Noé, aqui começa o dilúvio.
c)       Genesis 8.4 fala de outra data: 17 de etanin = outubro (7º) do ano 600 da vida de Noé, aqui a arca repousou, fim do dilúvio.
d)      Genesis 8.3 diz que este período foi de 150 dias.
         17/05 à 17/10 = 5 meses.   150 ÷ 5 = 30 dias. 30 x 12=360.

3.       Os três grupos das 70 semanas
a)      7 x 7 = 49 anos. Iniciou em 14 de março de 445 a.C.  e terminou em 396 a.C.
b)      62 x 7 x 434 anos. Iniciou em 396 a.C. e terminou em 29 d.C.
Observação. Quando vamos fazer este cálculo, os números não batem. Por quê? O nosso calendário foi primeiramente organizado por Rômulo, 1º rei de Roma. Tinha 10 meses. Num Pompílio, outro rei de Roma, acrescentou 2 meses. Julio Cesar reformou posteriormente. E em 526 d.C. Dionísio elaborou novo calendário, mas enganou-se nos cálculos, resultando num atraso de quase 5 anos.
c)       1 x 7 =7 anos. Aqui é ainda futuro, e não começará enquanto Israel estiver fora da sua terra, e a igreja não tiver sido arrebatada. O retorno de Israel começou em 1948 e a igreja pode ser arrebatada antes de você terminar de ler este artigo.


Ordens semelhantes, porém distintas

1.    No ano 538 a.C. o rei Ciro, após conquistar a Babilônia, expede um decreto a favor do povo de Israel. Esse decreto de Ciro é destinado ao retorno dos judeus à terra natal para reconstruir o Templo e restituir os utensílios sagrados pertencentes a ele (Ed 1.1-8;  5.13-14).
2.    Anos depois, em 520 a.C. , em função de um pedido de ajuda provindo de Jerusalém, Dario, confirma a mesma ordem dada anteriormente por Ciro (Ed 6.1-13).
3.    Mais de 70 anos depois, em 457 a.C. o rei Artaxerxes I emite um decreto, registrado em Esdras 7.11-23, objetivando ajudar no funcionamento do Templo em Jerusalém.
Esse primeiro decreto de Artaxerxes foi dado pessoalmente a Esdras (Ed 7.11). Todas essas ordens citadas até aqui se referem ao Templo e ao seu funcionamento.
4.    Por último, em 445 a.C. o mesmo Artaxerxes I dá uma ordem a Neemias para a reedificação da cidade de Jerusalém e de seus muros (Ne 2.1-9).
É interessante notar que, até essa última ordem dada a Neemias, Jerusalém ainda não havia sido reedificada e ainda estava em ruínas (Ne 2.5).
Então, as 3 primeiras ordens foram expedidas por Ciro, Dario e Artaxerxes, respectivamente, em relação ao Templo e ao funcionamento das cerimônias relacionadas a ele. No entanto, a cidade só começou a ser plenamente reedificada a partir do decreto dado a Neemias em 445 a.C. 

Pb Gerardo Pereira

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