O JULGAMENTO DE DEUS
Quando será o julgamento de
Deus sobre os crentes desobedientes? E sobre os ímpios? Já começou? Se não,
quando começará? Estas, e outras semelhantes, são perguntas feitas com muita frequência
por parte dos irmãos.
Contrariando o pensamento de
muitos irmãos, quero dizer que hoje, quem deve exercer o julgamento entre os
crentes, são os próprios crentes. Alguns
cristãos costumam citar mecanicamente o que o Senhor Jesus disse em Mateus 7.1,
como se fosse um clichê. E acrescentam: “Não cabe a nós o julgar”, “Quem
é você para julgar?” ou, ainda, “Somos o único exército que mata os seus
soldados”. Diante desse pensamento, talvez alguns discordem do que
mencionarei a seguir. Porém o problema não será comigo, e sim com a Bíblia
Sagrada!
ENTÃO VAMOS LÁ
Em 1 Pedro 4.17, está escrito: “já é tempo que comece
o julgamento pela casa de Deus”. E, em 1 Tessalonicenses 5.21 (ARA), lemos:
“julgai todas as cousas, retende o que é bom”. Que tipo de julgamento de
todas as cousas é esse, o qual começa pela casa de Deus, se não cabe a nós o
julgar? Estaríamos diante de uma grande contradição? De acordo com a Palavra de
Deus, nunca devemos desprezar pregações, ensinamentos, profecias, hinos de
louvor a Deus, bem como sinais e prodígios (At 17.11a; 2.13; 1 Ts 5.19,20).
Mas, ao mesmo tempo, deve haver julgamento na casa de Deus. Como assim? Cabe a
nós provar, examinar se tudo é aprovado pelo Senhor (At 17.11b; 1 Ts 5.21; Hb
13.9). “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem” (1 Co
14.29). E ainda: “Amados, não creais em todo espírito, mas provai se os
espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no
mundo” (1 Jo 4.1).
Segue-se que devemos julgar, mas esse julgamento deve ser de acordo com a reta justiça (Jo 7.24), e não pela aparência, por preconceito ou mágoa de alguém. Mas, por que o Senhor disse, em Mateus 7.1, “Não julgueis, para que não sejais julgados”, se o próprio Novo Testamento nos manda julgar? Não seria isso uma incongruência? Não! No aludido versículo, o Senhor referiu-se ao julgamento calunioso, e não ao julgamento no sentido de provar, examinar, discernir, etc. Aliás, no mesmo capítulo, Ele demonstra que devemos julgar (exercer discernimento), ao enfatizar a necessidade de cautela ante as profecias e os milagres dos falsos profetas (Mt 7.15-23).
Segue-se que devemos julgar, mas esse julgamento deve ser de acordo com a reta justiça (Jo 7.24), e não pela aparência, por preconceito ou mágoa de alguém. Mas, por que o Senhor disse, em Mateus 7.1, “Não julgueis, para que não sejais julgados”, se o próprio Novo Testamento nos manda julgar? Não seria isso uma incongruência? Não! No aludido versículo, o Senhor referiu-se ao julgamento calunioso, e não ao julgamento no sentido de provar, examinar, discernir, etc. Aliás, no mesmo capítulo, Ele demonstra que devemos julgar (exercer discernimento), ao enfatizar a necessidade de cautela ante as profecias e os milagres dos falsos profetas (Mt 7.15-23).
SE PODEMOS JULGAR PROFECIAS, PREGAÇÕES, MILAGRES, ETC., COMO
FAZER ISSO?
Primeiro: nossa fonte precípua, primária,
prioritária, para exame deve ser Palavra de Deus (At 17.11; Hb 5.12-14), pois
ela está acima de tudo e de todos (Gl 1.8). Quando eu digo “acima de todos”, é
porque o próprio Deus a elevou a esse patamar (1 Co 4.6; Sl 138.2). Ou seja,
não podemos dissociar a Palavra de Deus do Deus da Palavra.
Segundo: o nosso julgamento deve ocorrer de acordo com a sintonia do Corpo com a Cabeça (Ef 4.14,15; 1 Co 2.16; 1 Jo 2.20,27; Nm 9.15-22). Afinal, a verdadeira Igreja de Cristo não é a denominação mais antiga, a da época da Reforma, ou a primeira que chegou ao Brasil, etc. A autêntica Igreja Cristã é a que segue a Jesus (Lc 9.23), a que anda como Ele andou (1 Jo 2.6; At 10.38).
Terceiro: o julgamento justo ocorre também segundo o dom de discernir os espíritos dado às igrejas de Cristo (1 Co 12.10,11; At 13.6-11; 16.1-18). A falta desse dom em algumas igrejas locais tem levado alguns crentes a se conformarem com o erro. São esses que se apegam ao falacioso bordão: “Quem sou eu para julgar?”, confundindo o discernir (1 Co 2.15) com o caluniar (Mt 7.1). Na Bíblia, um mesmo termo pode, em português, assumir significações diferentes de acordo com a construção frasal, no texto original, e os seus contextos imediato e remoto. É o caso do verbo “julgar”.
Usemos, finalmente, de bom senso (1 Co 14.33; At 9.10,11), ao julgarmos heresias, modismos, desvios, incongruências, erros, verificados no meio do povo de Deus. Alguns irmãos apegam-se ao simplismo e asseveram que devemos julgar a profecia, e não o profeta. Nunca leram esses desavisados os livros de Deuteronômio e Jeremias?
A vida do profeta, do pregador, do cantor, teólogo, filósofo, etc., deve ser levada em consideração, sim. Ele tem uma vida de oração e devoção a Deus? Honra a Cristo em tudo, não recebendo glória dos homens? Demonstra amar e seguir a Palavra do Senhor? Ama os pecadores e deseja vê-los salvos? Detesta o mal e ama a justiça? Prega contra o pecado, defende o Evangelho (cf. Fp 1.16), bem como estimula os cristãos seguirem a paz com todos e a santificação? Repudia ele a avareza, ou ama sordidamente o dinheiro?
Segundo: o nosso julgamento deve ocorrer de acordo com a sintonia do Corpo com a Cabeça (Ef 4.14,15; 1 Co 2.16; 1 Jo 2.20,27; Nm 9.15-22). Afinal, a verdadeira Igreja de Cristo não é a denominação mais antiga, a da época da Reforma, ou a primeira que chegou ao Brasil, etc. A autêntica Igreja Cristã é a que segue a Jesus (Lc 9.23), a que anda como Ele andou (1 Jo 2.6; At 10.38).
Terceiro: o julgamento justo ocorre também segundo o dom de discernir os espíritos dado às igrejas de Cristo (1 Co 12.10,11; At 13.6-11; 16.1-18). A falta desse dom em algumas igrejas locais tem levado alguns crentes a se conformarem com o erro. São esses que se apegam ao falacioso bordão: “Quem sou eu para julgar?”, confundindo o discernir (1 Co 2.15) com o caluniar (Mt 7.1). Na Bíblia, um mesmo termo pode, em português, assumir significações diferentes de acordo com a construção frasal, no texto original, e os seus contextos imediato e remoto. É o caso do verbo “julgar”.
Usemos, finalmente, de bom senso (1 Co 14.33; At 9.10,11), ao julgarmos heresias, modismos, desvios, incongruências, erros, verificados no meio do povo de Deus. Alguns irmãos apegam-se ao simplismo e asseveram que devemos julgar a profecia, e não o profeta. Nunca leram esses desavisados os livros de Deuteronômio e Jeremias?
A vida do profeta, do pregador, do cantor, teólogo, filósofo, etc., deve ser levada em consideração, sim. Ele tem uma vida de oração e devoção a Deus? Honra a Cristo em tudo, não recebendo glória dos homens? Demonstra amar e seguir a Palavra do Senhor? Ama os pecadores e deseja vê-los salvos? Detesta o mal e ama a justiça? Prega contra o pecado, defende o Evangelho (cf. Fp 1.16), bem como estimula os cristãos seguirem a paz com todos e a santificação? Repudia ele a avareza, ou ama sordidamente o dinheiro?
Portanto, julguemos tudo e retenhamos o que é bom.
Vale lembrar aqui, que o nosso julgamento é no sentido de
identificar e rejeitar aquela prática errada de determinado irmão, seja lá ele
quem for, e aplicação de uma correção eclesiástica, quanto a aplicação da
punição divina, que pode ir da mais simples à uma condenação eterna, isso cabe única
e exclusivamente a Deus.
E QUANTO AO JUÍZO
DE DEUS SOBRE OS ÍMPIOS?
A Bíblia do julgamento das nações (Mt 25.31-46). Esse
julgamento acontecerá na terra sobre aqueles que sobreviverem ao armagedom.
Serão julgados com base no tratamento dado a mensagem do reino, aos seus
mensageiros e ao modo como tratara aos judeus.
Esse julgamento terá como finalidade apartar os bodes das ovelhas, ou seja,
decidir quem passará como Cristo o milênio.
Também, temos que levar em consideração o que a Bíblia chama
de “lei da semeadura”, se alguém hoje está sendo “julgado”, nada mais é do que a
colheita dos maus frutos, resultado de uma semeadura ruim.
Deus abençoe a sua vida
Pb Gerardo Pereira
E-mail: gerardo.pereiragap@gmail.com
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