sábado, 12 de novembro de 2011

ARREPENDIMENTO, A BASE PARA O CONCERTO





ARREPENDIMENTO, A BASE PARA O CONCERTO.
(Quem não se arrepende não tem concerto)
 Primeira Parte
1. A HUMILHAÇÃO ACONTECE EM SE IDENTIFICAR PONTOS DE CORRUPÇÃO - Neemias 9.1 E, NO dia vinte e quatro deste mês, ajuntaram-se os filhos de Israel com jejum e com sacos, e traziam terra sobre si.
* O perdão divino só vem quando se atinge o que Deus determina - Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. Joel 2:12
2. A RENOVAÇÃO ESPIRITUAL ENVOLVE CUIDAR DA QUESTÃO DO PECADO - Neemias 9.2  E a descendência de Israel se apartou de todos os estrangeiros, e puseram-se em pé, e fizeram confissão pelos seus pecados e pelas iniqüidades de seus pais.
* Não existe meios de encobrir transgressões diante da face do Senhor - Salmos 69.5 Tu, ó Deus, bem conheces a minha estultice; e os meus pecados não te são encobertos.
3. A VERDADEIRA PALAVRA CONDUZ A ALMA PARA A CONFISSÃO DE PECADO - Neemias 9.3 E, levantando-se no seu lugar, leram no livro da lei do Senhor seu Deus uma quarta parte do dia; e na outra quarta parte fizeram confissão, e adoraram ao Senhor seu Deus.
* Confessar e deixar os pecados é exigência para alcançar misericórdia -   Provérbios 28.13 O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.
4. O DESOBEDIÊNTE QUE SEMEIA O MAL COLHERÁ NO SENTIDO NEGATIVO - Neemias 9.16 Porém eles e nossos pais se houveram soberbamente, e endureceram a sua cerviz, e não deram ouvidos aos teus mandamentos.
* A lei da colheita e da semeadura é universal e ninguém escapa dela - Gálatas 6.7 Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.
5. A SEVERIDADE DO SENHOR SE ADAPTA A SERIEDADE DE CADA CASO - Neemias 9.33 Porém tu és justo em tudo quanto tem vindo sobre nós; porque tu tens agido fielmente, e nós temos agido impiamente.
* Quando o pecado não é confessado é um abismo chamando outro abismo - Salmos 51.3 Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.
6. A NEGLIGÊNCIA E ABUSOS COM A PALAVRA É  AFRONTAR AO SENHOR - Neemias 9.34 E os nossos reis, os nossos príncipes, os nossos sacerdotes, e os nossos pais não guardaram a tua lei, e não deram ouvidos aos teus mandamentos e aos teus testemunhos, que testificaste contra eles.
* Quem não guarda e atenta a palavra incorre a estar debaixo da ira de Deus -  Hebreus 3.15 Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação
7. CORAÇÕES DUROS E INSENSÍVEIS NÃO VEÊM A GENEROSIDADE DIVINA - Neemias 9.35 Porque eles nem no seu reino, nem na muita abundância de bens que lhes deste, nem na terra espaçosa e fértil que puseste diante deles, te serviram, nem se converteram de suas más obras.
* A ingratidão diante da beneficencia divina é prova de um caráter pervertido - Deuteronômio 9.2 E o SENHOR me disse: Levanta-te, desce depressa daqui, porque o teu povo, que tiraste do Egito, já se tem corrompido; cedo se desviaram do caminho que eu lhes tinha ordenado; fizeram para si uma imagem de fundição.
8. O CONSERTO VEM PELA CONTRIÇÃO MAS FICA AS SEQUELAS DOS ERROS - Neemias 9.36 Eis que hoje somos servos; e até na terra que deste a nossos pais, para comerem o seu fruto e o seu bem, eis que somos servos nela.
* O Senhor nunca despreza um coração arrependido e quebrantado - Salmos 51.17 Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.

Segunda Parte
1. Um ódio pelo pecado como pecado, e não apenas por causa de suas conseqüências. Deve haver um ódio não somente por este ou aquele pecado, mas por todos os pecados e, em especial, pela própria origem do pecado: a vontade própria. “Assim diz o Senhor Deus: Convertei-vos, e apartai-vos dos vossos ídolos, e dai as costas a todas as vossas abominações” (Ez 14.6). Aquele que não odeia o pecado ama-o. A exigência de Deus é: “Tereis nojo de vós mesmos, por todas as vossas iniqüidades que tendes cometido” (Ez 20.43). Aquele que se arrependeu verdadeiramente pode dizer: “Detesto todo caminho de falsidade” (Sl 119.104). Aquele que considerava o viver santo como uma coisa monótona agora pensa de modo diferente. Aquele que considerava atraente uma vida de auto-satisfação gora detesta-a e determinou abandonar para sempre todo pecado. Essa é a mudança na maneira de pensar que Deus exige.

2. Uma profunda tristeza por causa do pecado. O arrependimento que não conduz à salvação é, principalmente, uma aflição ocasionada pelos presságios da ira de Deus. O arrependimento evangélico produz uma profunda tristeza proveniente de um senso de haver ofendido um Ser tão infinitamente glorioso e excelente como Deus. O arrependimento que não salva resulta de temor; o arrependimento evangélico é fruto do amor. Aquele é momentâneo, este é uma prática habitual que ocorre durante toda a vida. Um homem pode estar cheio de pesar e remorso por causa de uma vida mau utilizada e não ter uma tristeza pungente de coração por sua ingratidão e rebeldia contra Deus. Contudo, uma alma regenerada é profundamente afetada por ter desconsiderado e vivido em oposição ao seu grande Benfeitor e legítimo Soberano. Essa é a mudança de coração que Deus exige.“Fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus... Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação” (2 Co 7.9-10). Essa tristeza é produzida no coração pelo Espírito Santo e tem a Deus como seu objeto. É uma tristeza por haver desprezado a Deus, se rebelado contra a sua autoridade e sido indiferente à sua glória. É isso que nos faz chorar “amargamente” (Mt 26.75). Aquele que não se entristece por seus pecados deleita-se neles. Deus exige que aflijamos nossa alma (Lv 16.29). A sua chamada é esta: “Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque ele é misericordioso e compassivo” (Jl 2.12-13). A verdadeira tristeza pelo pecado é aquela que nos faz crucificar “a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5.24).

3. Uma confissão de pecados. “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará” (Pv 28.13). Negar os pecados, direta ou indiretamente, minimizar ou apresentar desculpas para eles está de acordo com a natureza do pecador. Foi assim que Adão e Eva agiram no princípio. Mas, quando o Espírito Santo age em uma alma, seus pecados são trazidos à luz, e a pessoa os reconhece diante de Deus. Não haverá descanso para o coração quebrantado, a menos que a pessoa faça isto: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio” (Sl 32.3-4). O reconhecimento sincero e humilde de nossos pecados é imperativo, para que a paz de consciência seja mantida. Essa é a mudança de atitude que Deus exige.

4. Uma conversão do pecado. “Com certeza, não há ninguém aqui entorpecido com o sedativo da indiferença infernal, a ponto de imaginar que pode se deleitar em suas concupiscências e, depois, vestir as vestiduras brancas dos redimidos que estão no Paraíso. Se vocês pensam que podem ser participantes do sangue de Cristo e beber o cálice de Belial; se imaginam que podem ser ao mesmo tempo, membros de Satanás e membros de Cristo, têm menos entendimento do que alguém poderia creditar-lhes. Não, vocês sabem que a mão direita tem de ser cortada, e olho direito, arrancado — que os pecados mais queridos têm de ser renunciados — se querem entrar no reino de Deus” (citado de Spurgeon, comentando sobre Lucas 13.24).

O Novo Testamento usa três palavras gregas que apresentam as diferentes fases do arrependimento. A primeira é metanoeo, que significa “uma mudança de mentalidade” (Mt 3.2; Mc 1.15, etc.). A segunda é metanolomai, que significa “uma mudança de coração” (Mt 21.29, 32; Hb 7.21). A terceira é metanoia, que significa “uma mudança do curso de vida” (Mt 3.8; 9.13; At 20.21). As três mudanças precisam ocorrer juntas para que haja verdadeiro arrependimento. Muitos experimentam uma mudança de mentalidade; são instruídos e sabem melhor, mas continuam a desafiar a Deus. Alguns são até exercitados em sua consciência e coração, mas continuam no pecado. Alguns melhoram seus caminhos, mas não por amor a Deus e ódio ao pecado. Alguns têm a mente informada e o coração inquieto; e nunca mudam sua vida. Esses três conceitos têm de andar juntos.

“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13). Aquele que, de todo o coração& e durante a sua vida, não se converte dos seus caminhos ímpios não se arrependeu. Se, odiamos o pecado e o lamentamos, não o abandonaremos? Observe com atenção o “andastes outrora” de Efésios 2.2 e o “outrora éramos” de Tito 3.3! “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Is 55.7). Essa é a mudança de caminho que Deus exige.

5. Acompanhado de restituição quando isso é necessário e possível. Nenhum arrependimento pode ser verdadeiro se não está acompanhado de completa reparação da vida. A súplica de uma alma arrependida é: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável” (Sl 51.10). E, quando uma pessoa deseja realmente acertar as coisas com Deus, ela faz isso também com seus semelhantes. Alguém que, em sua vida passada, errou contra outra pessoa e agora não faz nenhum esforço, conforme todas as suas possibilidades, para corrigir o erro, certamente não se arrependeu! John G. Paton contou certa vez que a primeira coisa que um escravo fez, depois de converter-se, foi devolver ao senhor tudo que roubara dele.

6. Estes frutos são permanentes. Visto que o arrependimento é precedido por uma compreensão da amabilidade e da excelência do caráter de Deus e uma apreensão da excessiva malignidade do pecado, por haver tratado com tanto desprezo um Ser tremendamente glorioso, a contrição e um ódio pelo mal são imprescindíveis. À medida que crescemos na graça e no conhecimento do Senhor, de nossa dívida e obrigações para com Ele, nosso arrependimento se aprofunda, julgamos a nós mesmos mais amplamente e assumimos um lugar cada vez mais humilde diante dEle. Quanto mais o coração anela por um andar mais íntimo com Deus, tanto mais ele lançará fora tudo que impede isso.

7. O arrependimento nunca é perfeito nesta vida. Nossa fé jamais é tão completa, que chegamos ao ponto em que o coração não é mais embaraçado com dúvidas. E nosso arrependimento nunca possui tal pureza que se torna completamente isento de dureza de coração. O arrependimento é um ato que dura toda a vida. Precisamos orar cada dia por um profundo arrependimento.

Em vista de tudo que dissemos, cremos que deixamos bem claro o fato de que os pregadores que repudiam o arrependimento são, para as infelizes almas perdidas, “médicos sem valor”. Aqueles que ignoram o arrependimento estão pregando “outro evangelho” (Gl 1.6), e não o evangelho que Cristo (Mc 1.15; 6.12) e os apóstolos pregavam (At 17.30; 20.21). O arrependimento é um dever apresentado no evangelho. Aqueles que nunca se arrependeram ainda estão presos nos laços do Diabo (2 Tm 2.25-26) e acumulam contra si mesmos ira para o dia da ira de Deus (Rm 2.4-5).

Conclusão
Não se pode falar em um avivamento autêntico se não houver arrependimento e quem se arrepende dos pecados jamais despreza as Escrituras, mas sabe que delas provém a sobrevivência espiritual (Mt.4:4).
- Quando vemos “avivamentos” que são puramente emocionais e que não trazem qualquer mudança de mente, nem tampouco sede pela Palavra de Deus, vemos que se trata de manifestações espúrias, que nada têm de divinas, mas são enganos malignos feitos para ludibriar os servos de Deus e levá-los à apostasia. O povo demonstrou que estava arrependido porque quis ouvir a Palavra do Senhor e por três horas ininterruptas! (Quarta parte do dia Ne 9.3).

- Depois de terem ouvido por três horas a leitura das Escrituras, os judeus fizeram confissão e adoraram ao Senhor Deus durante as três horas seguintes. A oitiva da Palavra de Deus leva-nos a pedir perdão pelos nossos pecados, pois ela nos santifica (Jo.17:17), ela nos purifica (Jo.15:3). Quando ouvimos a Palavra de Deus, somos postos diante de um espelho e, desta forma, temos de nos arrumar, para que estejamos conforme o modelo divino estabelecido para cada um de nós (Tg.1:22-25).

Boa Aula

Cel.

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